quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Três parágrafos para Gabriela.

 Eu nunca entendi por que as estrelas simplesmente não despencam do céu mesmo após saber que na verdade elas são ora planetas ora explosões que ocorreram a milhões e milhões de anos que percorreram anos luz e agora, estão diante de nossos olhos. A verdade é que por mais estudioso que eu tenha sido, eu sempre vou ser um grande sonhador incorrigível apaixonado pela ideia de possuir as estrelas. Por que no amor puro e irrevogavel não ha espaço para a razão mesmo quando se sabe que a carne é fraca e morte é certa.



Eu não me lembro bem da primavera em que eu vi seu rosto pela multidão só me lembro da sensação de emoção profunda que meu coração sentira ao ver os teus joelhos, tão tímidos, naquela saia com motivos primaveris.
As estações que se seguiram me parecem tão turvas quanto a minha visão agora, no inverno: suas mãos envolvidas pelas luvas de cachemir; no verão: suas bochechas rosadas e sua pele queimada do sol, na primavera: seus joelhos tímidos sempre amostra em suas saias leves, e no outono: seu olhar nostálgico ao ver as flores morrerem; seu luto á beleza da primavera que morria em silencio.
Eu, homem feito, tive medo de amar toda sua pureza e me entregar a esse amor tão inalcançável quanto as estrelas, por isso, nesse outono como as flores, vou me entregar a morte e talvez dessa forma meu corpo apodreça e renasça em flor para te encantar e fazer-te sorrir em alguma primavera da sua existência.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Simples assim.

Caro Leitor,



Como eu já havia colocado outras vezes minhas postagens aqui são meras ficções de minha autoria, mas seria injusto se eu não compartilhasse essa obra de autoria do senhor José Eduardo Souza Gastão da Silva, vulgo zé, que veio encher a minha vida de sorrisos e me fazer acreditar em coisas que eu jamais poderia ter acreditado sozinha e ao mesmo tempo ter virado minha vida de cabeça pra baixo da pior forma possível, então ao senhor zé um GRAAAAANDE obrigada por estragar todos os meus planos, porque nenhum deles podia incluir essa felicidade tão grande que eu sinto no meu coração hoje. Eu tenho sorte de ter achado você pelas esquinas da vida. Curtam o vídeo e comentem!


terça-feira, 19 de julho de 2011

petits rêveries.

´´les temps sont durs pour les rêveures´´
- Tirando alguns cafés amargos, choros doentios, dias vazios, desamor, falta de fé, falta de apreciação pelas coisas simples e escassez de finais felizes, esse mundo até que é um bom lugar para se perder. Disse ele enquanto contemplava pela ultima vez o grande globo azul. Percebeu que aquilo era adeus então estremeceu e chorou. ''Sofro como os homens, apenas pelo prazer único que a dor proporciona, talvez por que agora eu seja como eles, talvez por que agora parte do meu coração pertença a eles e parte do coração deles pertença mim'' pensou ele agora tão distante da terra com o coração apertado, só podia ser uma coisa aquela sensação quer atormentava sua alma: saudade.
baseado em pensamentos do dia 12/06/2011

domingo, 12 de junho de 2011

expresso enamorado.

Confesso que estou alucinado, mas eu acho isso não tem nada haver com o pó de semanas atrás, nem por causa do cheiro do meu expresso quente que contamina meu corpo. Talvez seja teu corpo nu a suspirar em minha cama no embalo dos anjos como um doce acorde da minha viola. Quero te acordar e ver o encontro dos nossos olhos ao som de Marcelo Camelo, e assim me perder em teus olhos, em teus braços, em teus pensamentos, em tua respiração, em você, em teu amor e nele morrer e de tanto te amar me perder de ti em meio a tanto amor, assim estremeço e a vontade passa. Então a deixo se perder em sonhos e aprecio meu café enquanto suspiras de amor.

terça-feira, 31 de maio de 2011

cartas pra você.

''você pode ouvir os ecos sumindo e as paredes desmoronando, eu sou como estes em suas breves memorias''
E essa tristeza? Essa que você tenta esconder por traz dos seus sorrisos, como uma mascara. Sua face radiante como o sol, sob a brisa da noite você sorri, mas eu ainda vejo nos teus olhos tristes que tu vive de fugas talvez eu seja mais uma das suas fugas. Eles querem dizer quem você é, mas você sabe que só eu sei possa afirma isso com toda certeza por que eu sou seu confidente, sou cheio de memórias, frases ensaiadas, criticas pessoais e algumas orelhas a vagar pela sua mochila ou no seu criado mudo, sou o atalho para o seu coração, sou o amor das tuas mãos gentis em matéria, sou seu remetente que nunca responde suas cartas, sou sua esperança, sou seu legado para o mundo, sou o que seu coração diz, sou seu passado, seu futuro e seu presente. Sou sua fuga preferida.

domingo, 22 de maio de 2011

lembranças.

´´Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é `` 

Sua pele exalava um perfume amadeirado e que nostalgia isso me traz! Dos seus cabelos dançando ao vento, dos seus olhos amarelados na luz do sol sentada na minha cama. Menina da praia, sol morrendo, pele morena, doçura no olhar, sussurros pela madrugada, beijos de braços, de pernas, de sonhos. Menina da praia me perco nos meus sonhos, nas minhas breves memórias pra te encontrar a  banhar a luz da lua nas águas do infinito.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

caminhos.

´´enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerras``

Ao entardecer frio e triste se encontram os olhares cansados pelas ruas, os pensamentos pairam sob nossa cabeça como pequenos redemoinhos numa inquietação angustiante. Os caminhos dos homens são diferentes uns dos outros, uns são difíceis, outros fáceis, uns curtos e outros sofridos, mas o caminho de volta ao lar dos homens se assemelha por que depois de um longo dia de trabalho e frustrações o homem sempre retorna ansioso e impaciente a seu lar e ao lar de todos os outros homens, na ternura e no aconchego de seu coração.

terça-feira, 17 de maio de 2011

legs.

´´ o amor é fogo que arde sem se ver``
Havia uma coisa em seu olhar que me atraia uma melancolia, uma tristeza maravilhosa era como olhar a morte bem de perto e ver a felicidade de partir deste mundo para se juntar aos infinitos enigmas do universo, seus braços tão leves quanto plumas, seus pés fazendo maravilhas ritmadas a musica, e suas lindas pernas magras e longas que ficariam maravilhosas encaixadas ao meu quadril enquanto seus lábios tocam os meus como poesia carnal.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

buscar, buscar e buscar.

Ela quer viajar o mundo em busca de olhos mais brilhantes, dos sorrisos da miseria e das lagrimas da ganancia. Ela quer se jogar no mundo pelo insano desejo de viver em incerteza, de poder se aventurar pelas diferenças e diversidade de personalidades existentes em 360 graus de planeta e de sentir na pele a perda de tudo que se pode perder. Ela quer mergulhar em aguas perigosas, ela quer se calar perante alguns desentendimentos, ela quer aprender a amar sem se prender.
Mas antes de se aventurar pela vida a fora ela vai ter que viajar dentro de si e essa vai ser a maior aventura de toda sua insignificante existência.

domingo, 27 de março de 2011

refúgios.

eu olho as luzes da cidade e me vejo longe, num futuro cheio de saudade das paixões inspiradoras da juventude.

 
Algumas pessoas têm refúgios, cafeterias, casa de amigos, cama do namorado nada muito fora do comum, mas todos com um significado excepcionalmente especial.

As luzes exageradamente coloridas me cegavam. As vezes me perguntava se eu estava sob o efeito de algum tipo de algum anabolizante alucinador, mas não, estava na lucidez da minha desgraça sob um céu cheio de sonhos. As crianças se apaixonavam pela noite, pelas luzes, por aquela roda gigante da vida. Eu também estava apaixonada. Mesmo não sendo uma criança, mesmo estando convicta que não havia ninguém especial a ser amado em minha vida, mesmo eu não tendo motivos para sorrir, mesmo estando no brinquedo mais chato do parque; eu era jovem novamente, em meus jeans surrados; fugindo dos padrões, fugindo das responsabilidades, fugindo do comum, fugindo do previsto.
O celular tocou pela decima vez, desliguei, e continuei vivendo minha paixão adolescente pela vida pela eternidade relativa de minhas memórias.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

mãos gentis.

há quem diga que o amor transparece pelo coração, outros ainda apostam na possibilidade de ser pelos olhos e ainda há outros que batem o pé que é dentro das calças.
Seria uma hipócrita se lhes afirma-se com precisão onde podemos sentir que reside o amor numa pessoa, cada um vê o amor de uma forma e cada um sente o lugar exato de onde ele se ilumina e se pode ver uma faísca da magia se propagando com os próprios olhos.


Ela estava deitada pra lua, apesar da noite já ter caído ela não conseguia parar de viajar dentre as nuvens, agora negras, e pentear os raios do sol. Ela amava o mundo, e sentia que podia amar qualquer coisa, que podia entender a complexidade de qualquer coisa, que podia sorrir para qualquer pessoa. Então ela amou o mundo, amou as diferenças, amou os erros e os acertos e amou tanto que ficou cansada e decidiu acariciar a grama e no instante que tocou a ponta dos dedos na grama ela se iluminou, tocou as flores e elas também se iluminaram e assim tocou o mundo inteiro com suas mãos gentis e sentiu que podia tocar as pessoas tambem tocou as mãos de todas as pessoas enquanto elas dormiam para que elas também pudessem amar tudo que tocassem e assim residiu no amor para sempre, nas mãos, de todos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

death hope.

é estar se preso por vontade.

Cortaram as minhas asas. Eu sou um homem sem destino, sem esperança sem luz nenhuma e caminho nas trevas, cego, pelos vales me perco estou sem saída, sou um homem morto . Enamorei-me pelo anjo da morte. Amo-te na insanidade da dor e na calada noite amo-te sem pudor, na carne e na alma. Braços - querem-te sem limites; pernas - bambeiam numa tentativa falha de controle; ouvidos- queimam em brasa ao som da sua voz; pés - caminham o caminho das trevas; olhos - deliram de desejo de ti. A desgraça é inevitável mas apesar da tragédia ser o meu destino, fecho meus olhos todas as noites e deliro no simples prazer de pensar em deixar esse mundo e se tornar mais um dos enigmas do universo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

onde eu quero estar.

É Mas leve que o ar, mas frágil do que as bolhas, mas belo do que uma tarde de verão. É mais do que tocar os céus, tem que ser parte do céu. Mais do que contemplar as luzes da cidade tem que ser mais alto do que alto. E assim se embalar pelo riso das estrelas. Flutuar entre os sonhos do ontem, do agora e do amanha, numa linha tênue que divide o sorrir e o chorar, realidade e a fantasia  perto de onde nascem os heróis, de onde se guardam os segredos do coração e onde se encontam os enigmas do universo, ali onde predomina o amor é onde reside a verdade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

lies.

era maçante o sangue escorrendo enquanto eu dançava pelos cacos de vidro, sorrindo como se estivesse com borboletas no estomago.


Eu odeio tudo em você, odeio como me faz sorrir, odeio o modo que me surpreende, odeio admitir que sinto sua falta, odeio pensar em você, odeio sonhar com você, odeio ver o amor nos meus olhos.



Odeio admitir que estou mentindo a respeito de tudo acima.